Olá, famílias e profissionais...
Esse blog é destinado as famílias, profissionais e interessados pela temática, que atuam na educação de suas crianças com necessidades educacionais especiais (NEEs). Espero poder ajudá-los nessa caminhada de educação e inclusão social.
Devemos, portanto, tratar os nossos alunos com NEEs como pessoas e educá-los para a vida (CUCCOVIA, 2000).
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Autistas têm mais massa cinzenta em algumas áreas do cérebro
Crianças autistas têm mais massa cinzenta em áreas do cérebro que controlam a empatia e o aprendizado por observação em comparação a outras crianças da mesma idade, segundo pesquisadores americanos que utilizaram uma nova técnica avançada de captação de imagens.
“Nossa observação nos leva a pensar que a incapacidade das crianças autistas de estabelecer relações com os outros e de enfrentar normalmente situações da vida comum poderia resultar de uma anomalia no funcionamento do sistema de neurônios- espelho”, explicou a médica Manzar Ashtari, do hospital infantil da Filadélfia (Pensilvania, leste), principal autora do estudo.
Os neurônios-espelho são células cerebrais que se tornam ativas quando uma pessoa executa uma ação enquanto sente uma emoção ou sensação, e quando essa mesma pessoa é testemunha de ações, emoções e sensações idênticas nos outros, disse a pesquisadora nesta quarta-feira durante a conferência anual da Sociedade Americana de Radiologia.
Os pesquisadores descobriram indícios da existência de um sistema similar nos humanos ao observado em macacos, que facilita as funções de aprendizagem através da observação, da imitação e da compreensão do outro.
Estes pesquisadores levaram suas observações a 13 crianças autistas altamente funcionais com um coeficiente intelectual (QI) superior a 70, e a outras 12 crianças, não autistas. A idade média dos dois grupos foi de 11 anos.
“Em um cérebro normal, uma maior quantidade de massa cinzenta está vinculada a um QI mais elevado”, observou Ashtari. “Mas em um cérebro autista esse aumento não corresponde a um QI maior, já que esta massa cinzenta não funciona normalmente”.
Estas pesquisas também demonstraram que, em crianças autistas, há uma diminuição importante da massa cinzenta no lado direito da amígdala, o que é associado ao grau de severidade da incapacidade de interagir socialmente.
Os autistas com volumes menores de massa cinzenta nesta área do cérebro obtiveram resultados mais fracos em testes para medir a reciprocidade e a interação social.
O autismo afeta aproximadamente 1,5 milhões de americanos, segundo estatísticas do Centro Federal de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês). A doença se manifesta geralmente nos três primeiros anos da vida e sua incidência registra um rápido aumento nos Estados Unidos.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Câmara discute criação de políticas públicas para portadores de autismo
A criação de políticas públicas no tratamento de portadores de autismo foi tema de audiência pública na Câmara Municipal de Natal nesta quarta-feira (27). Durante a reunião, proposta pelo vereador Franklin Capistrano (PSB) e que também contou com a participação do vereador Bispo Francisco de Assis (PSB), especialistas e associações que trabalham a questão discutiram as deficiências do sistema de saúde público no tratamento de portadores do distúrbio.
Segundo Franklin Capistrano, uma das motivações para a convocação da audiência foi a falta de medicamentos para controles de sono, agressividade e convulsões, que há quatro meses estão não costam no estoque da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). De acordo com o vereador, a situação demonstra a inexistência de políticas públicas específicas para os portadores de autismo.
“Existe uma parcela considerável de portadores de autismo no nosso estado, no entanto não existem ações definidas do governo municipal e estadual para o tratamento desse distúrbio. Isso só demonstra o quanto a área de saúde mental ainda é carente de atenção na rede pública”, destacou o vereador.
Um estudo publicado na revista Ciência e Saúde em abril desse ano aponta que um em cada cem brasileiros é portador de autismo. Nessa proporção, é possível aferir com base nos dados do Censo 2010 do IBGE que em Natal existem cerca de 8 mil autistas e, em todo o Rio Grande do Norte, aproximadamente 31 mil.
O diretor da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do RN (APAARN) Valtemir Moura de Oliveira, propõe uma alteração na Lei Orgânica do Município que não inclui os autistas na categoria de portadores de deficiência mental, cujo atendimento é previsto dentro da rede básica de saúde.
Para o diretor da ONG, que hoje atende 50 autistas de todas as partes do estado, uma cláusula específica sobre o autismo facilitaria o diagnóstico precoce e a disponibilização de profissionais adequados para o tratamento dos portadores, como psiquiatras, fonoaudiólogos, nutricionistas e outros médicos especializados.
“É uma situação difícil porque mesmo se o município quiser implantar alguma ação, a assistência ao autista não está prevista em lei. Nosso foco é debater a questão e provocar a criação de políticas públicas sobre o assunto”, afirmou Valtemir Moura.
Com informações da Assecam
Segundo Franklin Capistrano, uma das motivações para a convocação da audiência foi a falta de medicamentos para controles de sono, agressividade e convulsões, que há quatro meses estão não costam no estoque da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat). De acordo com o vereador, a situação demonstra a inexistência de políticas públicas específicas para os portadores de autismo.
“Existe uma parcela considerável de portadores de autismo no nosso estado, no entanto não existem ações definidas do governo municipal e estadual para o tratamento desse distúrbio. Isso só demonstra o quanto a área de saúde mental ainda é carente de atenção na rede pública”, destacou o vereador.
Um estudo publicado na revista Ciência e Saúde em abril desse ano aponta que um em cada cem brasileiros é portador de autismo. Nessa proporção, é possível aferir com base nos dados do Censo 2010 do IBGE que em Natal existem cerca de 8 mil autistas e, em todo o Rio Grande do Norte, aproximadamente 31 mil.
O diretor da Associação de Pais e Amigos dos Autistas do RN (APAARN) Valtemir Moura de Oliveira, propõe uma alteração na Lei Orgânica do Município que não inclui os autistas na categoria de portadores de deficiência mental, cujo atendimento é previsto dentro da rede básica de saúde.
Para o diretor da ONG, que hoje atende 50 autistas de todas as partes do estado, uma cláusula específica sobre o autismo facilitaria o diagnóstico precoce e a disponibilização de profissionais adequados para o tratamento dos portadores, como psiquiatras, fonoaudiólogos, nutricionistas e outros médicos especializados.
“É uma situação difícil porque mesmo se o município quiser implantar alguma ação, a assistência ao autista não está prevista em lei. Nosso foco é debater a questão e provocar a criação de políticas públicas sobre o assunto”, afirmou Valtemir Moura.
Com informações da Assecam
domingo, 24 de abril de 2011
O desrespeito as PESSOAS que tem Autismo !!!
O programa da MTV --> CASA DOS AUTISTAS, traz no começo do vídeo imagens que retratam a ignorância e falta de conhecimento a respeito das pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Se a intenção era fazer rir, felizmente não conseguiram. Agora, estamos exigindo um pedido de desculpas e a retirada do programa do ar, pois os pragramas televisivos além de ter a intenção de diversão tem a intenção de informar...E foi o que esse programa não fez (divertir e informar) !! Por isso, assinem o abaixo assinado contra o programa da MTV --> CASA DOS AUTISTAS e divulgem o mesmo !
Abaixo assinado contra o programa da MTV --> CASA DOS AUTISTAS !
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N9211sábado, 23 de abril de 2011
'Educação infantil exige acolhimento, e não extravagância'
Em entrevista, o médico Saul Cypel diz que preocupação com o desenvolvimento da criança deve começar antes da gestação.
14 de março de 2011
Luciana Alvarez - O Estado de S. Paulo
Médico especialista em desenvolvimento infantil e consultor da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Saul Cypel diz que conhecimento médico sobre o assunto de 60 anos atrás ainda não chegou com clareza a muitos pais e mães do Brasil.
Divulgação
O especialista em desenvolvimento infantil Saul Cypel
Quando deve começar a preocupação dos pais com o desenvolvimento do filho?
No momento em que eles começam a planejar ter um bebê, pois as vivências da gestação já podem influenciar a criança. Existe um psiquismo pré-natal. Mas é claro que a preocupação é maior após o nascimento.
Por que esse período inicial é tão importante?
A sobrevivência do bebê depende dos cuidados que vai receber. Mas o cuidado não deve ser só físico. O bebê, quando tem fome, tem também uma sensação de risco. Ele entra em um certo nível de ansiedade e comunica que precisa de atenção. Por isso é importante que a mãe ofereça o peito e o acolha. Não é uma questão meramente nutricional.
Qual é a coisa mais importante para os pais saberem ao educar os filhos?
Educar um filho não é um processo simples. O primeiro passo é os pais saberem que o bebê já nas primeiras semanas tem um psiquismo em desenvolvimento. Não basta só dar cuidados de alimentação e higiene. Ele é um ser que já vivencia insegurança, ansiedade. Por isso a necessidade de acolhimento.
E o que o sr. acha das teorias sobre música clássica, DVDs para estimular a inteligência?
É equivocado começar a estimular cedo com coisas que não fazem muito sentido. O bebê precisa de cuidado, acolhimento, mas não de coisas extravagantes. É mais o feijão com arroz.
Isso não parece tão difícil...
Mas a grande maioria das pessoas não está instrumentada. É importante que os pais se preparem, seja durante a gravidez ou mesmo depois, com ajuda de profissionais, porque nem sempre isso vem naturalmente. Os pais têm de fazer perguntas para profissionais preparados em desenvolvimento infantil, que pode ser o próprio pediatra. Mas não precisa de nada sofisticado.
E como é o trabalho da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal?
Procuramos trabalhar desde a gravidez até a idade de 3 anos, porque é a base do desenvolvimento. Trabalhamos para que a informação chegue de forma simples e esclarecedora aos pais, para que eles sabiam da importância de brincar, colocar regras. O ginecologista/obstetra já pode começar a informar os pais. Depois passamos pela humanização do parto, a defesa do parto normal, que deixa a mãe muito mais pronta para acolher o bebê em seguida. E também para que os profissionais da área da saúde tratem a mãe de forma afetuosa, durante todas as consultas. Fazemos grupos com famílias, orientamos que o pai também é uma figura muito importante. Temos programas em creches, mas vale lembrar que só 15% das crianças no Brasil estão na creche, O que falamos não são coisas novas, são já conhecidas há seis ou sete décadas. Fizemos, por exemplo, parceira com a Sociedade Brasileira de Pediatria para inserir programas de formação continuada, palestras, distribuímos livros. O discurso de desenvolvimento infantil está muito em voga, mas a lição de casa tem de ser feita.
QUEM É
Saul Cypel
Médico especialista em desenvolvimento infantil
Médico especialista em desenvolvimento infantil
Neuropediatra, professor livre-docente de Neurologia Infantil, consultor do Programa de Desenvolvimento Infantil da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e diretor do Instituto de Neurodesenvolvimento Integrado (INDI).
domingo, 10 de abril de 2011
O processo de ensino-aprendizagem de um aluno autista ! Minha prática ;)
O autismo é um tipo de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) caracterizado por atrasos e desvios nas áreas de comunicação, interação social e manifestação de comportamentos restritos e repetitivos. A Política Nacional de Educação Especial assegura, através do atendimento educacional especializado, o desenvolvimento da autonomia e independência do aluno com TID na escola e fora dela. O Currículo Funcional Natural (CFN) apresenta-se como um instrumento promissor que poderia favorecer a inclusão de alunos com autismo em classes regulares, pois se trata de uma filosofia de educação que vê o sujeito autista como pessoa e, por isso, apresenta necessidades, interesses e habilidades comunicativas, comportamentais, sensoriais, cognitivas e interpessoais imprescindíveis para o seu processo de ensino-aprendizagem. O objetivo geral do presente estudo foi avaliar o desempenho acadêmico e funcional de um aluno com autismo, inserido em uma classe regular, a partir do desenvolvimento do CFN. Assim, a pesquisa torna-se relevante, pois há poucos estudos empíricos que abordam a inclusão de alunos com TID em salas regulares, ou seja, pesquisas que procurem analisar o desempenho desses alunos em habilidades acadêmicas e sociais num ambiente inclusivo.
Mais dessa pesquisa realizada, disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/resumos/resumos/1519.htm
;)
quinta-feira, 7 de abril de 2011
O Autismo e a Comunicação Alternativa e Ampliada
O autismo é definido, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, como uma sub-categoria do Distúrbio Global de Desenvolvimento ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Ele é um transtorno caracterizado por prejuízos na interação social, alterações da comunicação e padrões limitados ou estereotipados de comportamento e interesses. A Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) se caracteriza por um conjunto de métodos e técnicas que facilitam a comunicação, ampliando as possibilidades de troca, de experimentação individual e de relacionamento com o outro.
Texto completo disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/62ra/resumos/resumos/3468.htm
terça-feira, 5 de abril de 2011
Aprendendo a usar o computador...
O JECRIPE foi lançado no dia 14 de abril de 2010 e trata-se de um jogo cuja proposta é proporcionar entretenimento e auxiliar no estímulo de crianças com Síndrome de Down em idade pré-escolar. Este foi o primeiro jogo eletrônico desenvolvido para atender as necessidades específicas deste grupo.
Todas as brincadeiras desenvolvidas nesse jogo foram apresentadas de acordo com pesquisas realizadas pela equipe do projeto, de forma que elas estimulam a criança para atividades interativas de forma progressiva. Ele conta com tarefas que envolvem “clicar e arrastar” objetos, mover elementos para atividades específicas e até mesmo imitação de gestos (através de dançar uma música).
Por isso, levei esse jogo para escola onde trabalho e estou utilizando-o com minha aluna com Autismo, e uma outra professora, também, está usando o jogo do Jecripe com um aluno com psicose infantil. Além das noções de clicar e arrastar esse jogo trabalha com pareamento de cores, percepção visual, coordenação olho-mão, imitação e etc. Para facilitar na identificação do "botão" que deve ser clicado coloquei um adesivo colorido no "botão" esquerdo, mas pode ser colocado algo com textura que pode facilitar ainda mais a identificação desse "botão".
É um jogo motivador para aquelas crianças que gostam de música (como a minha aluna com Autismo), pois se sentem motivadas a clicar para escutá-la.
Esse jogo está disponível para download gratuitamente em: http://www.baixaki.com.br/download/jecripe.htm
Espero que possam usar com suas crianças com Transtorno do Espectro Autista e, se possível, me contem como foi a experiência de usar esse jogo.
;)
sábado, 2 de abril de 2011
Algumas informações que a escola deve ter para poder ajudar seu aluno com Autismo !!
- A educação é uma das formas mais eficazes para ajudar essas crianças;
- A escola deve ter uma professora auxiliar em sala de aula, principalmente, no início do processo de inclusão escolar ou em atividades especiais;
- O aluno autista aprende a partir da concretização de suas ações, ou seja, através da experiência;
- Os autistas são pensadores visuais e, portanto, às vezes, o ensino não pode ser baseado, exclusivamente, em explicações por meio da linguagem verbal;
- A comunicação professor-aluno deve estabelecer-se de forma que o professor se dirija a ele com poucas palavras, claras e concretas, pelo menos no início e ir ampliando o vocabulário quando a criança demonstrar que compreendeu;
- É importante estabelecer rotinas, mas se a criança souber fazer escolhas é essencial que ela faça-as;
- O professor deve ensinar seu aluno a aprender;
- Parceria família-escola é extremamente importante;
- Limites claros e firmes devem estar sempre presentes;
- Ambientes, horários e materiais organizados é muito importante;
- Um bom Plano Individualizado de Ensino pode diminuir os comportamentos ditos inadequados;
- Os alunos com Autismo precisam de um sistema de comunicação que possa entender e que possa se expressar.
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