Olá, famílias e profissionais...

Esse blog é destinado as famílias, profissionais e interessados pela temática, que atuam na educação de suas crianças com necessidades educacionais especiais (NEEs). Espero poder ajudá-los nessa caminhada de educação e inclusão social.
Devemos, portanto, tratar os nossos alunos com NEEs como pessoas e educá-los para a vida (CUCCOVIA, 2000).

domingo, 30 de janeiro de 2011

Deficiências

Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida,
aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive,
sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio,
de fome, de miséria.
E só têm olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir em desabafo de um 
amigo, ou o apelo de um irmão.
Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente 
e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. 
Paralítico é quem não consegue andar na direção 
daqueles que precisam de sua ajuda.
Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois 
miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.
A amizade é um amor que nunca morre.

                                                                                                                                         Mário Quintana

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Alunos com paralisia cerebral na escola regular !

A Paralisia Cerebral (PC) trata-se de um estado patológico pertencente a um grupo não progressivo, mas mutável, de distúrbio motor (tônus e postura), causado por uma lesão do cérebro em desenvolvimento (perído pré-natal ou durante a primeira infância) seja qual for o nível mental da criança. Podem haver vários outros diagnósticos associados a PC, além das observadas nas manifestações motoras, são elas: anormalidades oftalmológicas, epilepsia, deficiência mental, atraso na linguagem e comunicação, prejuízos sensoriais, entre outras.
Essas características podem afetar o desenvolvimento da motricidade, da linguagem e comunicação, do cognitivo e da interação social. Consequentemente, déficits nessas áreas alteram as possíveis experiências da criação em relação ao mundo fisico e social
Diante dessas características como ajudar esse aluno com PC inserido numa sala de aula de uma escola regular?

- trabalhar em equipe (família, Pedagoga(o), Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo(a), Psicóloga...)
- adaptar materiais escolares e atividades, conteúdos,  tornar o ambiente arquitetônico mais acessível...
- utilizar os recursos da Comunicação Alternativa e Ampliada, para aqueles que têm dificuldades na fala
*Comunicação Alternativa e Ampliada: tem como objetivo ajudar a propiciar possibilidades  e condições de aquisição e uso da linguagem para que se possa ter condições mínimas de comunicação e interação social naqueles alunos que têm dificuldades de se expressar oralmente ou a tem de forma dificultada. Esse conceito está bem resumido, pois abrange muito mais que isso e pode ajudar outros alunos com necessidades educativas especiais. Abordarei isso numa próxima postagem.

O processo de alfabetização de alunos com PC!
Para os processos de leitura e escrita deve-se observar o desempenho motor do aluno ao pegar num lápis, ao manusear um livro, ao tentar fazer algo no papel em cima da mesa, pois se for difícil controlar objetos em cima da mesa use uma superfície antiderrapante ou velcro... para depois fazer adaptações necessárias. Se for difícil para o aluno usar um lápis, adapte-o, leve-o ao computador para "escrever" fazendo adaptações quase sempre ! Pode-se utilizar carimbos com letras. Prefiro indicar o uso da letra bastão, por ser mais fácil seu traçado.
Pesquisei algumas coisas e encontrei num relato de pesquisa a experiência de uma professora que utilizava ativiadades em que os alunos com PC eram solicitados a usar opções. Então, cada pergunta feita aos alunos era pedida uma resposta sinalizada por gestos como apontar e olhar para o objeto, desenho ou prancha de papel com letras e números. E para aqueles que tinham a possibilidade de escrever, essas respostas eram dadas através de atividades de marcar ou colar as opções no papel.

É importante que esse aluno tenha seus próprios cadernos com atividades da aula e que sejam proporcionadas a realização de atividades em casa como qualquer outro aluno.

Frase mágica para todo início de um trabalho com um aluno com NEEs: CONHEÇA SEU ALUNO !!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

"Sintomas" autísticos (de 3 a 5 anos) !!

Citarei aqui algumas características que podem apresentar algumas crianças, entre 3 e 5 anos, que se enquadram nos Transtornos do Espectro Autista (TEA).

Comportamentos que podem ser observados nessa idade:

  • não faz bom contato visual com você ou outras pessoas;
  • pode não se interessar muito pelo outro;
  • costuma brincar sozinho;
  • mostra reação incomum de inquietação em relação aos outros (ignora ou dá gargalhadas);
  • destaca-se pelo comportamento distinto no grupo de brincadeiras, então, costuma andar pela sala quando os outros alunos estão sentadas na hora da história;
  • quanto a linguagem e comunicação: pode falar pouco ou muito (repetição); repete frases de vídeos, filmes, desenhos animados...; apresenta ecolalia (repetição de frases que acabou de ouvir - ecolalia imediata - ou que ouviu em outro momento anterior- ecolalia tardia); pode apresentar dificuldade em compreensão;
  • tem dificuldades m compreender brincadeiras de faz-de-conta ou parece perplexo diante de brincadeiras criativas de outras crianças;
  • insiste em brincar de uma determina forma;
  • costuma brincar com a mesma coisa todos os dias e durante muitas horas demonstrando irritação quando é impedido de fazer isso;
  • demonstra interesse por coisas "incomuns" para uma criança, como por exemplo, interesse pelas rodas de um carrinho; logotipos...
  • parece preferir atividades rotineiras;
  • costuma girar ou balançar o corpo e fazer movimentos com as mão ou dedos
  • costuma enfileirar livros, carrinhos...
  • alguns parecem ser muito sensíveis ao barulho (ex.: leva as mãos aos ouvidos com sons altos), aos aromas (ex.: costuma cheirar roupas, comidas, pessoas...) e ao toque (ex.: acaricia objetos por longo tempo ou não gosta do toque de certos tecidos e, assim, ficam irritados. Além disso, as crianças podem demonstrar sensibilidade visual (ex.: dedos se mexendo em frente ao seu rosto ou evitar o Sol e muitas cores).
Essas últimas características dizem respeito as suas preferências sensoriais bem como identificar se sua criança é hipossensível ou hipersensível a alguns estímulos olfativos, tatéis, visuais e paladares. Portanto, será mais fácil compreender o comportamento do seu filho ou aluno se você identificar as preferências sensoriais dele.

Mais a respeito disso, num próximo post !!

Perguntas, dúvidas, sugestões de postagens é só deixar no blog.

;)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O tema é a epilepsia e a escola...

Lendo a Revista Brasileira de Educação Especial (2010) vi um relato de pesquisa que me ajudou no meu dilema anterior (ler "Dilema profissional: atendimento especial ou escola regular?"). Esse estudo foi  realizado com 56 crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos, no RJ e em SP, cujo objetivo foi identificar quantas crianças com epilepsia estavam matriculadas em escolas públicas regulares e especiais bem como verificar se as variáveis associadas à epilepsia estão correlacionadas ao tipo de escola que elas frequentam. E um dado que me chamou a atenção e me fez repensar sobre o processo de escolarização da Mônica foi que o estudo constatou que as crianças que frequentavam escolas especiais, quando comparadas às crianças das escolas regulares, apresentaram maior gravidade da doença e maior número de crises epilépticas, tiveram início mais precoce além de terem uma duraçao da epilepsia mais longa. Além disso, usavam um maior número de medicamentos. Ou seja, os alunos das escolas especiais apresentaram uma maior gravidade da doença do que os alunos das escolas regulares. Agora, fiquei me questionando o porquê dos alunos inseridos em escolas regulares apresentaram menos crises epilépticas do que os das escolas especiais...

Pais, profissionais e interessados leiam este artigo e vejam os dados impressionantes que esta pesquisa nos dá! E vamos rumo a inclusão escolar! Segue abaixo o link do artigo completo: 



quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dilema profissional: atendimento especial ou escola regular?

Acompanhei uma criança, por aproximadamente 3 meses, numa escola regular. Vou contar brevemente como ela era e como estava na escola, para isso darei um nome fictício (Mônica). 
Mônica tinha 8 anos, e aos 2 anos e meio teve uma febre e dessa febre ocasionou uma encefalite (inflamações agudas no cérebro). Isso comprometeu sua coordenação motora fina e grossa, linguagem e comunicação, cognitivo...Ela era muito dependente para atividades da vida diária (se vestir, escovar os dentes, lavar as mãos...). Para andar tinha pouco equilíbrio e ainda usava fraldas. Na alimentação notava dificuldades para aceitar alimentos sólidos. Gostava de levar objetos à boca. Por vezes, tinha crises de ausência e convulsões. 

Na escola, estava numa turma de 1º ano, do Ensino Fundamental, mas não havia ninguém que fizesse algo que deveria ser trabalhado visto a suas necessidades. Na sala de aula, ficava deitada num colchão no chão e a professora assim que ela chegava já a colocava nesse colchão e, assim, ela ficava o período todo que estava na escola. Havia poucos momentos de interação com as outras crianças, mas a professora até que estimulava, as vezes. A criança não acompanhava a turma nas atividades apenas nas atividades de pintura e quando a professora estava "de bem com a vida".

Quando comecei a fazer o acompanhamento pedagógico com Mônica realizei atividades em sala de aula utilizando jogos, massinha, pintura, lápis grosso...No início, ela parecia muito ausente em algumas atividades, mas nas atividades com jogos, apesar das dificuldades, ela parecia estar mais presente e parecia gostar dos jogos propostos, pois depois de inúmeras tentativas de fazer algumas ações necessárias, acabava conseguindo. Trabalhei, também, com treino do banheiro e a escovação. No treino do banheiro aproveitava para trabalhar, também, o subir e o abaixar a calça. Foi quando ela passou a ter iniciativa para levantar a calça, mas parecia não ter forças nas mãos para puxá-la. Mas, só em ter essa iniciativa, para mim, foi um ganho! Então, ela foi tendo poucos e grandes avanços, pois para uma criança que ficava deitada no chão e passou a sentar-se na mesa, fazer algumas atividades e consegui tirar um pouco aquela "ausência" que ela tinha no olhar através dos jogos...Foi muito gratificante! Mas, ela mudou de escola e pediu para que eu a acompanhasse em uma outra, no entanto, mais distante. Então, a mãe dela me perguntou: "Mariana, ela poderia ficar só com você e não ir a escola?" Ela disse que observou resultados positivos quando Mônica estava comigo. Diante dessa pergunta e de tudo que a criança viveu na escola até meu encontro com ela já no fim do ano e pensando na sua futura escola que conheço e parece ter dificuldades em lidar com ela...Respirei...E tive que dizer que era importante estar na escola por causa da "tão famosa" socialização, pois sabia que a escola não iria suprir suas necessidades. Falo assim porque acho que a escola tem outros papéis além de socializar, mas isso gera uma outra discussão. Essa pergunta da mãe me fez repensar as questões da inclusão. 

Sou a favor da VERDADEIRA inclusão escolar em que a criança com necessidades educacionais especiais é protagonista e, assim, é trabalhada de forma integral. Mas, sou contra a criança ser só mais um aluno "invisível" para a comunidade escolar.

Bem, a questão é: será que a escola atenderia as necessidades e habilidades dessa criança? Ou seria melhor um atendimento especial que fosse além do socializar e que trabalhasse a criança de forma integral e visando a uma maior autonomia e, consequentemente, numa melhor qualidade de vida?

Espero contar com a opinião de vocês pais, profissioanis e interessados pela inclusão escolar e social.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

"Sintomas" autísticos (dos 6 aos 18 meses) !!

Os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), dentre esses o Autismo, se manifestam nos primeiros anos de vida da criança. A seguir, listarei alguns sintomas que podem apresentar ao longo dos anos, se manifestando em maior ou menor grau de acordo com a criança. Esses sinais devem ser observados e discutidos com os especialistas.


  • Até 6 meses: não há sintomas visíveis. Trata-se de um bebê como qualquer outro, com personalidades, temperamento e características próprias. Mas, há casos que as famílias notam o pouco contato visual, poucos balbucios ou imitações.
  • De 6 a 12 meses: dificuldades para engatinhar ou locomover-se pelos ambientes, ficar em pé com apoio, dizer palavras isoladas como "mamã" e "papá" além de usar gestos para dar tchau. Mas, isso não significa que a criança esteja no espectro autista, mas sinalizam algumas dificuldades do desenvolvimento.
  • Aos 18 meses:
- não faz bom contato visual;
- não responde imediatamente quando chamam pelo nome;
- demonstra pouco interesse pelo outro;
- parece estar "no mundo dele";
- tem atraso no desenvolvimento da linguagem, pois, geralmente, nessa idade a criança consegue dizer 10 palavras ou mais;
- parecem perder a linguagem;
- não usa gestos de apontar para pedir;
- usa o outro como instrumento, pegando em sua mão e colocando sobre as coisas que deseja ou que não consegue fazer sozinho;
- parece não entender os gestos, como apontar;
- tem dificuldade para brincar de faz-de-conta;
- parece se interessar por partes dos objetos, brinquedos;
- parece gostar de enfileirar, empilhar objetos e fica incomodado se alguém os muda de lugar;
- faz movimentos incomuns como andar na ponta dos pés ou fazer movimentos com as mãos excessivamente.


Para ilustrar segue esse vídeo:








sábado, 8 de janeiro de 2011

Algumas atividades TEACCH !!


Bom, meu computador antigo quebrou...Era nele que estavam as fotos das atividades utilizadas com meus alunos baseado no método TEACCH e estavam de acordo com os assuntos estudados em sala de aula, mas dando maior funcionalidade ao conteúdo. Acima estão algumas atividades que podem ajudar a elaborar outras tantas, utilizando material reciclável.  Bem simples!!
Agora, é usar a criatividade e confeccionar os jogos de acordo com a necessidades e habilidades de suas crianças.

Congresso Internacional sobre Autismo !!

INFORMAÇÕES GERAIS
LOCAL:
EXPO UNIMED CURITIBA
ANEXO À UNIVERSIDADE POSITIVO
RUA PROF. PEDRO VIRIATO PARIGOT DE SOUZA, 5300 - CAMPO COMPRIDO 
CURITIBA - PR 


PERÍODO DE REALIZAÇÃO:  
24 A 27 DE AGOSTO DE 2011 


PÚBLICO ALVO: PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DA ÁREA DA SAÚDE, HUMANAS, EDUCAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICA PÚBLICAS. 


COORDENAÇÃO:  
LEDA MARIZA FISCHER BERNARDINO  
PROFESSORA TITULAR DA PUCPR, PÓS DOUTORA EM TRATAMENTO E PREVENÇÃO
PSICOLÓGICA PELA UNIVERSITÊ DENIS-DIDEROT - PARIS 7. 
ROSA MARIA MARINI MARIOTTO
PROFESSORA DA PUCPR, DOUTORA EM PSICOLOGIA ESCOLAR E DESENVOLVIMENTO HUMANO PELA USP.

CONFERENCISTAS INTERNACIONAIS CONFIRMADOS:   

PROFESSOR DOUTOR FILIPPO MURATORI 
Professor de Neuropsiquiatria Infantil da Fondatione Stella Maris, diretor da Unidade de Psiquiatria do Departamento de Neurociênciada Idade Evolutiva da Faculdade de Medicina de Pisa (Itália).   

PROFESSOR DOUTOR DAVID COHEN 
Chefe de Departamento de Psiquiatria Infantil do Hospital Pitié Salpétrière Autor, juntamente com Daniel Marcelli, do livro “Infância e Psicopatologia”(Publicado no Brasil pela Editora Artmed) Paris (França).  

PROFESSOR DOUTOR KENNETH AITKEN 
Psicólogo clínico, do Departamento de Psicologia Clínica do Hospital for Sick Children de Edimburgo, Escócia. Expert em diagnóstico precoce e tratamento do autismo. Autor, juntamente com Colwyn Trevarthen, do livro “Children with Autism” ((J.Kingstey Publishers, 1998) e do livro “DietaryInterventions in Autism Spectrum Disorders”.  

PSICANALISTA MARIE-CHRISTIEN LAZNIK 
Analista membro da Association Lacanienne Internationale
Idealizadora da pesquisa PréAut – prevenção do Autismo Doutora em Psicologia Clínica pela Université Paris XIII, na qual é professora convidada. 
Psicanalista no Centre Alfred Binet. Autora dos livros “O que a psicanálise pode ensinar sobre o autismo” (Ed. Ágalma, 1991), “Rumo à palavra- três crianças autistas em psicanálise” (Ed. Escuta, 1997) e “A voz da sereia – o autismo e os impassses na constituição do sujeito” (Ed. Ágalma, 2004).

Mais informações:

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Um pouco mais sobre o programa TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação)

O método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children) foi criado na década de 60 pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), por Eric Schopler e colaboradores. O método visa, por meio do uso de apoios visuais e da organização do ambiente físico, compensar a falta de algumas habilidades que o autista possa apresentar. 
O uso de rotinas previsíveis, com diferentes graus de flexibilidade, são estratégias tipicamente utilizadas pelo TEACCH. As rotinas podem ser classificadas em três tipos: estruturadas, semi-estruturadas e livres.
O programa prevê, ainda, um ensino individualizado e de habilidades que possam se dar em ambientes naturais, ou seja, em contextos reais.
É primordial que o ensino de habilidades seja funcional e conte com a participação dos pais no planejamento de ações que respeitem os desejos e o estilo de vida do aluno e de seus familiares.

Trecho retirado do meu trabalho monográfico. Maiores informações, dúvidas ou comentários sobre esse método de ensino só deixar no blog.Tentei anexar imagens de atividades que realizei com meus alunos utilizando esse método, mas não consegui. Vou continuar tentando para mostrar a vocês.

Abordando alunos com autismo na perspectiva do ensino estruturado

Workshop sobre o programa TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação) que será realizado em Recife/PE. 
O TEACCH é um programa psicoeducacional com bases em teorias fundamentadas em pesquisas que visa à estruturação da vida da pessoa com autismo em todos os ambientes. Tem como princípio básico a organização visual por meio da qual, educadores, pais e profissionais podem ajudar pessoas com autismo na melhor compreensão do mundo, na facilitação da aprendizagem e na rotina da vida diária. É um programa de trabalho que vem se difundindo pelo Brasil e pelo mundo conquistando novos espaços nas escolas especiais, no ensino regular e em clínicas de reabilitação.

Público Alvo: Pais, familiares, estudantes, professores, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e Terapeutas ocupacionais.

PALESTRANTE

Maria Elisa Granchi Fonseca
Psicóloga
Mestre em Educação Especial Pela UFSCar
Programa Formação  TEACCH Universidade da Carolina do Norte em Charlotte, E.U.A.

PROGRAMA DO CURSO

PARTE TEORICA
CONSTRUÇÃO DE CONCEITOS E ABORDAGEM NA ALFABETIZAÇÃO TEACCH
Data: 20 de janeiro de 2011
Horário: 8h às 12h e 13h Às 19h
Local: UFPE-UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Auditório Jorge Lobo, Centro de Ciências da Saúde 
Numero de vagas: 100

PARTE PRÁTICA
CONFECÇÃO DE MATERIAL PARA ABORDAGEM NA ALFABETIZAÇÃO TEACCH
Data: 21 de janeiro de 2011
Horário: 8h às 13h  
Local: Escola Passo a Passo, Rau Silvia Ferreira, 568 - Piedade
Numero de vagas: 60

Público Alvo: Pais, familiares, estudantes, professores, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos e Terapeutas ocupacionais.

Investimento:
Pagamentos Até o dia 30/11:
Parte teórica: R$ 100,00
Parte teórica + parte Prática: R$ 180,00             
Dividimos em 3x de R$ 60,00 (novembro, dezembro e até 10 de janeiro)

Após o dia 30/11:
Parte teórica: R$ 120,00 
Parte teórica + parte Prática: R$ 200,00              
Dividimos em 2x de R$ 100,00 (novembro, dezembro, até 10 de janeiro)


Inscrições:
SOLICITAR CHIFA DE INSCRIÇÃO ATRAVÉS DO E-MAIL INFORMADO
Efetuar Depósito em favor de Berenice Ramalho, Banco - BRADESCO ,  Ag. 2518, C/P 24687-5.   

A inscrição só será validada mediante o envio do comprovante de pagamento, e ficha de inscrição devidamente preenchida, para o e-mail - contatogetid@gmail.com

Informações e contato:
Tel: 81-9963-4944/3434-4200 (Claudia Ferreira)

Entre no link abaixo e visualize no mapa o local do evento: 

domingo, 2 de janeiro de 2011

Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Artigo 24 - Educação


1. Os Estados Partes reconhecem o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida, com os seguintes objetivos:
a. O pleno desenvolvimento do potencial humano e do senso de dignidade e auto-estima, além do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e pela diversidade humana;
b. O máximo desenvolvimento possível da personalidade, dos talentos e da criatividade das pessoas com deficiência, assim como de suas habilidades físicas e intelectuais;
c. A participação efetiva das pessoas com deficiência em uma sociedade livre.

2. Para a realização desse direito, os Estados Partes assegurarão que:
a. As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema educacional geral sob alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino primário gratuito e compulsório ou do ensino secundário, sob alegação de deficiência;
b. As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino primário inclusivo, de qualidade e gratuito, e aoensino secundário, em igualdade de condições com as demais pessoas na comunidade em que vivem;
c. Adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais sejam providenciadas;
d. As pessoas com deficiência recebam o apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;
e. Medidas de apoio individualizadas e efetivas sejam adotadas em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena.

3. Os Estados Partes assegurarão às pessoas com deficiência a possibilidade de adquirir as competências práticas e sociais necessárias de modo a facilitar às pessoas com deficiência sua plena e igual participação no sistema de ensino e na vida em comunidade. Para tanto, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas, inclusive:
a. Tornando disponível o aprendizado do Braille, escrita alternativa, modos, meios e formatos de comunicação aumentativa e alternativa, e habilidades de orientação e mobilidade, além de facilitação de apoio e aconselhamento de pares;
b. Tornando disponível o aprendizado da língua de sinais e promoção da identidade lingüística da comunidade surda;
c. Garantindo que a educação de pessoas, em particular crianças cegas, surdocegas e surdas, seja ministrada nas línguas e nos modos e meios de comunicação mais adequados ao indivíduo e em ambientes que favoreçam ao máximo seu desenvolvimento acadêmico e social.

4. A fim de contribuir para o exercício desse direito, os Estados Partes tomarão medidas apropriadas para empregar professores, inclusive professores com deficiência, habilitados para o ensino da língua de sinais e/ou do Braille, e para capacitar profissionais e equipes atuantes em todos os níveis de ensino. Essa capacitação incorporará a conscientização da deficiência e a utilização de modos, meios e formatos apropriados de comunicação aumentativa e alternativa, e técnicas e materiais pedagógicos, como apoios para pessoas com deficiência.

5. Os Estados Partes assegurarão que as pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino superior em geral, treinamento profissional de acordo com sua vocação, educação para adultos e formação continuada, sem discriminação e em igualdade de condições. Para tanto, os Estados Partes assegurarão a provisão de adaptações razoáveis para pessoas com deficiência. 

Artigo 13 da Resolução: CNE/CEB Nº 2/2001: Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
Art. 13. Os sistemas de ensino, mediante ação integrada com os sistemas de  saúde, devem organizar o atendimento educacional especializado a alunos impossibilitados de freqüentar as aulas em razão de tratamento de saúde que implique internação hospitalar, atendimento ambulatorial ou permanência prolongada em domicílio. 
§ 1o As classes hospitalares e o atendimento em ambiente domiciliar devem dar continuidade ao processo de desenvolvimento e ao processo de aprendizagem de alunos matriculados em escolas da Educação Básica, contribuindo para seu retorno e reintegração ao grupo escolar, e desenvolver currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos não matriculados no sistema educacional local, facilitando seu posterior acesso à escola regular..  
§ 2o Nos casos de que trata este Artigo, a certificação de freqüência deve ser realizada com base no relatório elaborado pelo professor especializado que atende o aluno.. 

Trecho das Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(...)
Para atuar na educação especial, o professor deve ter como base da sua formação, inicial e 
continuada, conhecimentos gerais para o exercício da docência e conhecimentos específicos da área. 
Essa formação possibilita a sua atuação no atendimento educacional especializado, aprofunda o 
caráter interativo e interdisciplinar da atuação  nas salas comuns do ensino regular, nas salas de recursos, nos centros de atendimento educacional especializado, nos núcleos de acessibilidade das instituições de educação superior, nas classes hospitalares e nos ambientes domiciliares, para a oferta dos serviços e recursos de educação especial.
(...)






FELIZ LIVRO NOVO !!

Encerra-se mais um ano em sua vida...
Quando este ano começou, ele era todo seu.
Foi colocado em suas mãos..
Podia fazer dele o que quisesse...
Era como um Livro em Branco, e nele você podia ter
um poema, um pesadelo uma blasfêmia, uma oração.

Podia...
Hoje não pode mais, já não é seu.
É um livro já escrito...
Concluído...
Como um livro que tivesse sido escrito por você, ele um dia lhe
será lido, com todos os detalhes, e não poderá corrigi-lo.
Estará fora de seu alcance.
Portanto...
Antes que termine este ano, reflita, tome seu velho livro
e folheie com cuidado...
Deixe passar cada uma das páginas pelas mãos e pela
consciência;
Faça o exercício de ler a você mesmo.
Leia tudo...
Aprecie aquelas páginas de sua vida em que usou
seu melhor estilo.
Leia também as páginas que gostaria de nunca ter
escrito.
Não...
Não tentes arrancá-las.
Seria inútil...
Já estão escritas.
Mas você pode lê-las enquanto escreve o novo livro que
será entregue.
Assim, poderá repetir as boas coisas que escreveu, e
evitar repetir as ruins.
Para escrever o seu novo livro, você contará novamente
com o instrumento do livre arbítrio, e terá, para
preencher, toda a imensa superfície do seu mundo.
Se tiver vontade de beijar seu velho livro, beije.
Se tiver vontade de chorar, chore sobre ele e, a seguir,
coloque-o nas mãos do Criador.
Não importa como esteja...
Ainda que tenha páginas escuras, entregue e diga
apenas duas palavras: Obrigado e Perdão!!!

E, quando o novo ano chegar, lhe será entregue outro
livro, novo, limpo, branco, todo seu, no qual irá escrever
o que desejar...
FELIZ NOVO LIVRO!!!